Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar.
Carlos Drummond de Andrade
Se, em princípio, todos reconhecerem que somos seres igualmente diferentes e o que nos iguala é exatamente esta condição deveria, a partir disto, existir mais respeito mutuo e acolhimento em amplo espectro. Iniciando pelo entendimento de que se sou único e diferente dos demais, não cabe buscar ser parecido ou igual a ninguém, a nenhuma referência ou tendência, ou sugestão, ou imposição externa que tenha internalizado como uma ordem que deve ser seguida para me sentir melhor, ser aprovado, ser aceito. Tenho este entendimento de si, podemos, então, reconhecer no outro as suas características e valorizá-las em seus contextos, sem a possibilidade de sentir-se superior ou de diminuir, desqualificar quem quer que seja. Ainda falta muito autoconhecimento coletivo da humanidade para que esta realidade se estabeleça de fato, mas podemos começar do lugar onde estamos, fazendo em nós mesmos esta mudança radical.
Guilherme O. Hübner
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